quinta-feira, 19 de maio de 2011

Próxima matéria: O 25 de Abril de 1974



A Revolução do 25 de Abril
Em 1968 Salazar adoece e é substituído na chefia do Governo por Marcelo Caetano. Mantinham-se a falta de liberdade, a guerra colonial, a proibição de partidos, as duras condições de vida que levavam à emigração. Portugal estava cada vez mais isolado internacionalmente e o descontentamento era cada vez maior.
Nesta situação, e cansados de uma guerra que parecia não ter fim, um grupo de jovens militares formou o Movimento das Forças Armadas (MFA) e preparou em segredo um golpe militar para derrubar a ditadura.

No dia 25 de Abril de 1974, várias unidades militares avançaram sobre Lisboa e, sem encontrar resistência, ocuparam pontos importantes no país, derrubaram o governo, prenderam Marcelo Caetano e Américo Tomás (posteriormente exilados para o Brasil).
Para a vitória dos militares muito contribuiu a população que logo aderiu ao movimento militar, saiu à rua em massa e apoiou os soldados.

O Programa do MFA
O poder foi entregue a uma Junta de Salvação Nacional, constituída por militares e presidida pelo General Spínola. Foi apresentado o programa do MFA com as orientações políticas até ser elaborada nova constituição: democratização da sociedade portuguesa através de medidas que restituíam as liberdades aos cidadãos:
libertação dos presos políticos;
extinção da PIDE, da Legião e da Mocidade Portuguesa;
abolição da censura e reconhecimento da liberdade de expressão;
discussão do problema da guerra colonial.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

6. A - Sumário da Aula n.º 78 e 79 16/05/2011

Aula n.º 78 e 79       16/05/2011

Sumário:
A Guerra Colonial: conceitos e terminologia. Exploração de Power Point. Os movimentos de Libertação. África: o Palco da Guerra. Constrangimentos/ dificuldades dos lados em conflito. Ficha de aplicação dos conteúdos e de desenvolvimento de competências históricas.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Para saberem tudo sobre a Guerra Colonial

A Guerra Colonial - mais inf.

A Guerra Colonial
Em 1961 a União Indiana invadiu e ocupou Goa, Damão e Diu, territórios que Portugal ainda detinha na Índia.
Nesse ano começa também a guerra colonial em África, uma vez que Salazar se recusava a dialogar com os movimentos que, nas colónias africanas, lutavam pela independência.
Portugal enviou tropas para Angola, Moçambique e Guiné e esta guerra, devastadora, durou 13 anos (1961-1974) e teve consequências trágicas para o país:
cerca de um milhão de jovens portugueses é enviado para África;
morrem ou ficam feridos milhares deles;
milhares fogem e exilam-se no estrangeiro para não participar na guerra;
o encargo financeiro de manter a guerra é enorme;
Portugal fica isolado internacionalmente pois Portugal é condenado por manter esta guerra.
 

Guerra Colonial ou Guerra do Ultramar

A Guerra Colonial
A política colonial
Durante o Estado Novo, Portugal manteve o domínio político e económico nas suas colónias*, apesar dos protestos dos povos africanos.
Outros países, como a Inglaterra, a França e a Alemanha, já tinham aceitado a independência dos seus territórios ultramarinos.
Salazar nunca aceitou uma negociação política* com os dirigentes dos movimentos de libertação das colónias africanas, apesar das pressões internacionais. Por isso, teve de enfrentar...
As «guerras» de libertação A 4 de Fevereiro de 1961, iniciou-se a guerra colonial em Angola: centenas de pessoas ocuparam a estação emissora da rádio em Luanda, assaltaram quartéis, cadeias e esquadras. Estes acontecimentos foram reivindicados pelo M.P. L.A. (Movimento Popular de Libertação de Angola). Em Abril de 1961, Salazar, num discurso que ficou célebre, anunciou a mobilização geral de tropas para Angola, «rapidamente e em força». A 18 de Dezembro de 1961, foi ocupado o território do Estado Português da Índia (Goa, Damão e Diu), por tropas da União Indiana.
A 23 de Janeiro de 1963, o P.A.I.G.C. (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) começou a guerrilha na Guiné-Bissau.
Em Setembro de 1964, a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) iniciou a luta armada em Moçambique.
O fim do colonialismo
Em Portugal foi crescendo a oposição à guerra e a convicção de que o problema colonial teria de ser resolvido politicamente. Entre os artistas e estudantes universitários aumentava o apoio à luta dos movimentos de libertação. O país viu-se obrigado a um esforço de guerra cada vez mais difícil de manter, por várias razões: - a guerra provocava milhares de mortos e feridos; - o país tinha enormes encargos financeiros; - a oposição ao regime era cada vez maior; - aumentava a emigração e a fuga de jovens do país.
Por outro lado, o mundo livre condenava a continuação da guerra colonial...


Retirado de HGP - 6.º Ano de Emília Maçarico, Helena de Chaby e Manuela Santos
Texto Editora
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A Guerra Colonial

Designa-se por Guerra Colonial, Guerra do Ultramar (designação oficial portuguesa do conflito até ao 25 de Abril), ou Guerra de Libertação (designação mais utilizada pelos africanos independentistas), o período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, entre 1961 e 1974. Na época, era também referida vulgarmente em Portugal como Guerra de África.
O início deste episódio da história militar portuguesa ocorreu em Angola, a 4 de Fevereiro de 1961. A Revolução dos Cravos em Portugal, a 25 de Abril de 1974, determinou o seu fim. Com a mudança do rumo político do país, o empenhamento militar das forças armadas portuguesas deixou de fazer sentido. Os novos dirigentes anunciavam a democratização do país e predispunham-se a aceitar as reivindicações de independência das colónias — pelo que se passaram a negociar as fases de transição com os movimentos de libertação empenhados na luta armada.